Os resíduos tem seu valor
Implantada em 1990, a Coleta Seletiva constitui-se como uma frente de trabalho e geração de renda para populações excluídas. Hoje estes recicladores, organizados em associações, vêm num processo crescente de organização. São aproximadamente 450 pessoas e 8 unidades de triagem.
A Coleta Seletiva conta com 100 funcionários, 24 caminhões e recolhe hoje cerca de 60 toneladas por dia. A meta é atingir 100 toneladas/dia até o final do ano 2000. Para isto o DMLU está estendendo o sistema a núcleos de grande produção de material reindustrializável, como empresas, condomínios, órgãos públicos e universidades.
Em 1998 foi criada uma federação de recicladores, fortalecendo a categoria na negociação da venda do material às indústrias. Outro projeto é a implantação de uma usina de beneficiamento de plástico, aprovado no Orçamento Participativo, que já está em obras.
Reciclagem de Papel: Foram reciclados 15518 toneladas de papel, preservando assim, 529.000 árvores e 90% de água e 78% de energia no processo de produção do papel;
Reciclagem de Vidro: Foram reciclados 9.016 toneladas de vidro, economizando assim, 10.045 toneladas de areia no processo produtivo.
Reciclagem de Metais: Foram reciclados 5.321 toneladas de latas. . Isso significa 6.060 toneladas de minério de ferro e 820 toneladas de carvão preservados.
Cada resíduo na sua hora certa
A cidade conta com coleta regular de resíduos, realizada diariamente na área central e principais avenidas e, em dias alternados, nos demais locais. São recolhidas mensalmente 20 mil toneladas de resíduos. Caminhões especiais fazem coletas nas vilas populares, onde o acesso é difícil.
E, mediante tarifa, o DMLU também realiza um serviço de coleta especial para o recolhimento de resíduos em empresas, hospitais e onde haja um volume de resíduo que não se configure como domiciliar comum. A idéia é oferecer mais serviços à cidade, incrementando a arrecadação própria.
Coleta Hospitalar - Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde
A separação na origem possibilita a reciclagem e o tratamento adequado
A preocupação com os resíduos de saúde teve seu marco com a implantação da Coleta Seletiva no município de Porto Alegre. Estendendo-se, este serviço, aos estabelecimentos de saúde que iniciaram a segregação na origem, dos materiais recicláveis que são encaminhados às Unidades de Triagem; dos resíduos orgânicos, destinados a produção de ração para suínos e dos resíduos contaminados (curativos, bolças de sangue, peças anatômicas etc.), encaminhados ao Aterro Sanitário.
O DMLU respaldado na Legislação Federal, Estadual e Municipal vem desenvolvendo, juntamente com os hospitais de Porto Alegre, o Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, nos 28 Hospitais e nas Unidades de Saúde do município e também em consultórios médicos e odontológicos. O gerenciamento correto dos resíduos sólidos significa controlar e diminuir os riscos para a saúde e o meio ambiente, impedindo que os resíduos biológicos e especiais, que geralmente são frações pequenas contaminem os outros resíduos gerados no hospital. Também, busca-se a minimização destes, desde a origem, estabelecendo-se normas para o correto acondicionamento, recolhimento interno e externo, destinando-os de forma segura e adequada.



Um comentário:
Lu
Aqui no meu bairro temos um unidade de triagem do DMLU, e a coleta aqui é exemplas, dias certos, pontualidade no horário. A população do bairro está tão acostumada com os horários da coleta, que colocam seus resíduos sempre bem próximo ao horário que o caminhão passa, porque o nosso problema maior não é a falta de informação ou a não separação, mas os carroceiros e catadores autônomos que abrem as sacolar, retiram o que querem, deixam os sacos de lixo abertos, atirados no chão, espalhando o lixo pelas calçadas, o que é um desrespeito com as pessoas que separam o seu lixo.
Ainda penso que o problema maior do lixo das grande e pequenas cidades é o resíduos de medicamentos a nível caseiro. Diversas reportagens mostram o descaso com medicamentos vencidos e áté lixo hospitalar em aterros sanitários comuns na grande POA.
Venho da área de farmácia, onde trabalhei por 5 anos e meio, lá, além de dar destino corretos a esses medicamentos, (encineração em empresa especializada e certificada), faziamos campanhas com os clientes para que trouxessem seus medicamentos vencidos para descartarmos corretamente. A campanha sempre fez sucesso.
As respostas dos clientes eram as mais absurdas do mundo como: Ah! Eu tirava da cartelinha, colocava no vaso e dava discarga!
Nossa, me arrepia só de pensar!
COntamintes, metais pesados, todos lixiviados pela chuva indo diretamente para os lençóis freáricos que abastecem nossos poços e unidades de abastecimento. Isso tudo a longo prazo é extremamente danoso a sáude. Embora nunca tenha visto campanha parecida em outra rede de farmácias, acredito que as empresas poderiam fazer esse trabalho de concientização dos funcionários e postos de coleta inclusive.
Espero não ter fugido do foco.
Beijus
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